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Mostra Internacional do Cinema Negro

02/06/202316:25- atualizado às 10:02 em 21/06/2023

Com criação e curadoria do professor Celso Luiz Prudente, o SESI-SP participou em 2022, pela primeira vez, da Mostra Internacional do Cinema Negro – MICINE, que chegou a sua 18ª edição e teve programação no Centro Cultural Fiesp.

Durante os encontros, idealizados com a perspectiva de ser um projeto acadêmico e cultural que reforçou o respeito à diversidade e à inclusão, foram realizadas diversas atividades que celebraram principalmente o cinema negro.

A programação de filmes contemplou longas e curtas-metragens que foram exibidos no Centro Cultural Fiesp e uma série de palestras, painéis, mesas-redondas e homenagens.

Agora, em 2023, alguns dos filmes participantes serão exibidos em unidades do SESI-SP no interior do estado, incluindo a Estação SESI de Cultura Atibaia. 

Confira a agenda e sinopses dos filmes que fazem parte da nossa Mostra Internacional do Cinema Negro. Para garantir seu lugar nas exibições acesse nossa agenda clicando aqui


7 de junho (quarta-feira) | 19h30

Talking About Trees

Chade/França/Sudão, 2019, exibição digital, colorido, legendado em português

14 – Não recomendado para menores de 14 anos

Ibrahim, Soliman, Altayeb e Manar são amigos há mais de 45 anos, e agora possuem um sonho em conjunto: querem reanimar a arte do cinema no Sudão. O plano dos artistas é recuperar a história do cinema sudanês através da

reinauguração de uma antiga sala de exibição da cidade. Mas, durante esse processo, eles encontram significativa resistência. A situação os faz refletir sobre os limites ainda persistentes da cultura e da arte no país africano.

Documentário, 93 min.

Direção: Suhaib Gasmelbari

 

14 de junho (quarta-feira) | 14h30

CURTAS

A Velhice Ilumina o Vento

As Três Verdades (Le Trois Vérités)

Dem Dem

O Magrelo

Socorro

12 – Não recomendado para menores de 12 anos

 

A Velhice Ilumina o Vento

Brasil, 2022, exibição digital, colorido

L – Livre

A Velhice Ilumina o Vento conta a história de Valda, mulher preta, idosa, periférica, trabalhadora doméstica da cidade de Cuiabá. Mulher forte, cuiabana do “pé rachado”, Valda subverte em seu cotidiano o paradigma da velhice estigmatizada.

Documentário, 20 min

Direção: Juliana Segóvia

As Três Verdades | Le Trois Vérités

Benin, 2017, colorido, legendado em português

L – Livre

Numa noite de tempestade, um homem muito doente leva o filho em uma missão: quitar todas as dívidas e depois voltar para a cabeceira. Ele então lhe dirá três verdades que somente ele mantém. Mas quando o filho volta para casa, infelizmente, é tarde demais.

Animação, 14 min.

Direção: Louisa Beski Wakili Adehan

Dem Dem

Senegal, 2017, colorido, legendado em português

10 – Não recomendado para menores de 10 anos

Matar, pescador senegalês, encontra no mar o passaporte de um belga de origem africana. Ele decide usá-lo e se parecer com ele. Com o passar dos dias, a aparência do pescador muda. Ele se torna cada vez mais enigmático aos olhos de sua esposa Nafi.

Ficção, 25 min.

Direção: Pape Mboup

O Magrelo

Brasil, 2022, exibição digital, colorido

L – Livre

O Magrelo é uma animação ficcional que aborda o dilema do adolescente negro empobrecido, que a despeito de uma vida infantil rica em liberdade e amor dos avós frente à orfandade dos pais. Essa situação é muito comum para as crianças, adolescentes e jovens, não brancos que são furtados dessas importantes condições de etariedade. Como vítimas da tentativa do violento reducionismo que lhes empurra para o estigma de menor. Considerando que os status de criança, de adolescente e de jovem estão reservados restritamente aos eurodescendentes caucasianos. De tal sorte que as crianças e os jovens afrodescentes são objetos constantes da violência própria do negrocídio, que caracteriza a necropolítica brasileira onde os meninos negros tem sido vítimas de armas na máquina da letalidade, da ordem estabelecida. São momentos cujo único sonho que seria, por vocacionalidade natural, possível o de ser jogador é ceifado, no sangue que vai pintando com seu vermelho a lama das peladas de roxo, pelas balas dos fuzis da polícia. Assim morre o sonho do menino Magrelo, que faz morrer consigo o coração da consciência, fazendo morrer também o sonho de nação.

Animação, 5 min.

Direção: Celso Luiz Prudente

Socorro

Brasil, 2022, exibição digital, colorido

12 – Não recomendado para menores de 12 anos

O documentário Socorro acompanha a luta da líder comunitária Socorro do Burajuba, presidente da Associação dos Caboclos, Indígenas e Quilombolas da Amazônia. Desde 2016 ela denuncia a contaminação dos rios na comunidade quilombola Burajuba, dentro do município de Barcarena, no Pará. A região é considerada como uma "zona de sacrifício" ambiental e social pela intensidade e violência da exploração mineral. Seu grito ecoa para representar as comunidades quilombolas imprensadas entre grandes empreendimentos de usinas nucleares, hidrelétricas e mineradoras nos quatro cantos do país.

Documentário, 17 min.

Direção: Susanna Lira

 

23 de junho (sexta-feira) | 19h30

Amal

Egito/França, 2017, exibição digital, colorido, legendado em português

10 – Não recomendado para menores de 10 anos

No Egito pós-revolução, Amal, uma adolescente insurgente, está enfrentando mudanças esmagadoras, sociais e íntimas. Amal é um filme que observa a autodescoberta de uma garota de 15 a 20 anos: ela procura seu lugar, sua identidade e sua sexualidade em uma sociedade dominada por homens. Ao longo dos anos, vemos que ela percebe que suas escolhas são limitadas quando jovem em um estado policial árabe.

Documentário, 83 min.

Direção: Mohamed Siam

 

28 de junho (quarta-feira) | 19h30

Mussum, um filme do Cacildis

Brasil, 2018, exibição digital, colorido

10 – Não recomendado para menores de 10 anos

A trajetória do humorista e sambista Antônio Carlos Bernado Gomes, o "Mussum", é contada de diferentes ângulos. São reveladas facetas mais sérias da figura que foi eternizada no imaginário popular brasileiro por sua participação no programa "Os Trapalhões". Por trás de sua persona humorística e debochada, Antônio Carlos mantinha uma rotina de responsabilidades com sua família, projetos e compromissos.

Documentário, 75 min.

Direção: Susanna Lira